MC LANCHE INFELIZ

Por Gabriela Guenther

Há mais ou menos um mês o Ministério Público entrou com uma ação pública contra o McDonalds, Bob’s e Burguer King exigindo a suspensão das promoções acompanhadas por brinquedos.

Márcio Schusterschitz da Silva Araújo, procurador que entrou com a ação, alega que esse tipo de venda cria associações emocionais estranhas ao processo alimentar e que incentiva o consumo de alimentos que trazem risco de obesidade, além disso, lembra que crianças não têm discernimento para perceber o intento desse tipo de estratégia de marketing.

O McDonalds contestou a ação, afirmando que a compra do lanche não é obrigatória, pois o brinquedo pode ser adquirido separadamente, e que o McLanche Feliz tem apenas 700 calorias, menos da metade da recomendação diária para uma criança.

Não se sabe qual será o desfecho, mas não é necessário esperar a proibição dos brindes para exercer com mais responsabilidade o papel de pai ou mãe consciente e zeloso pela saúde física e emocional dos filhos. Associar comida (de má qualidade, ainda por cima) com satisfação emocional é um erro que muitos de nós cometemos quando adultos, e é injusto ensinar isso às crianças.

Se você quiser saber mais sobre os efeitos nocivos da publicidade em crianças, assista ao documentário “Criança: a alma do negócio”. 

E se você é chegado num hambúrguer, assista aos filmes “Fast Food Nation” e “Super Size Me: a dieta do palhaço”.

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